sábado, 22 de junho de 2013

Elaborei uma sequência didática através de um texto que apliquei, no início de Junho para as minhas turmas de 6o ano. O texto chama-se: O homem nu - do escritor Fernando Sabino. Distribui uma cópia do texto para cada aluno e pedi para eles lerem em silêncio; Após a leitura perguntei a eles o que acharam do texto, se entenderam , se acharam o texto divertido; Depois perguntei a eles o que entendiam sobre situação inusitada, qual a compreensão que eles tinham deste vocábulo; Após estes comentários eu propus uma releitura em voz alta pelos alunos ; Expliquei a eles o que é um Conto e o que é uma Crônica; Foi explicado a eles que o texto: O homem Nu , tratava-se de um conto; Propus aos alunos atividades de Interpretação e de uso do Vocabulário; Foi proposto exercícios de gramática , focando: verbos e classificação do sujeito.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

     Um comentário  sobre : Letramento e capacidades de leitura  para a cidadania. (   Roxane  Rojo)

         "Ler é  melhor que estudar".  Esta frase  é  de Ziraldo. A escolarização, no caso , da sociedade brasileira, não  leva à formação  de leitores  e produtores  de textos  proficientes e eficazes e,às  vezes, chega  mesmo a impedi-la. Ler continua sendo  coisa  das elites, no início de um novo milênio.
         A leitura  escolar  atual é voltada  para cumprir tarefas, orquestrada por  currículos. Mas  a leitura  é mais  do que isso. É ler  o mundo e construir sentidos a partir  disso.
        A leitura  nas escolas  tem  de ser  desafiante  para os alunos; tem de mexer  com os seus sentidos. É  construir  e desconstruir ideias  por meio do que se lê. 
        "Ser  letrado é ler na vida  e na cidadania..."   É   ler  os textos atribuindo a própria interpretação, inferindo  e contextualizando.     

                                                                                    Comentário escrito por Diovana F. Rodrigues.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Oi, pessoal  estou  neste blog para  aprender  , trabalhar    e  difundir  esta  nova  ferramenta  digital.   Se as colegas quiserem podem  publicar seus  comentários  num blog  que eu tenho.  O meu  blog é:  divavisiona.blogs pot.com/ >  Eu sei que temos que postar nossas  atividades no blog  da Denise.   Denise  me desculpe  se  eu  não  postei  nada  . É  porque eu não estava  conseguindo. Vamos  ver  se este comentário   saiu  no  seu blog.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Manuel Bandeira

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca da Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d`água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
-Lá sou amigo do rei-
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

(Estrela da vida inteira, cit., p. 127-8.)

José

JOSÉ

Carlos Drummond de Andrade

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?







Poema de sete faces

Poema de sete faces

Carlos Drummond de Andrade

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.